A humilhação desta pena era a mais
cruel possível. Nero que o diga, imperador romano que perseguiu os cristãos.
Não bastasse o fato de crucificar vários seguidores de Cristo, ainda era
ordenado que ateasse fogo aos corpos na cruz em seguida, para que o coliseu
ficasse iluminado. Desse modo, os cidadãos romanos que fossem ao coliseu à
noite, poderiam ver leões devorando os cristãos que não haviam sido
crucificados.
Misericórdia na cruz?
Bem, cauterização dos corações com
certeza. Mas, quem se rebelaria a favor de vidas? Quem se disporia a confrontar
a matança diária sem mais derramamento de sangue? Quem reconduziria o homem
perdido em meio ao abismo em que o próprio homem se colocou ao caminho de volta
a Deus? Cristo, o Ungido. Também chamado de Messias. Jesus, o Cristo, o Filho
do Deus Vivo.
Contudo, alguém diria que após Sua
cruz, Ele já havia morrido. Sim, mas também já havia ressuscitado, e Sua
Palavra estava viva no meio dos Seus. A transformação que Jesus coloca na
humanidade é tamanha, que mesmo que Ele não fosse quem nós sabemos que Ele é,
chegaria bem perto de ser. Um homem que discursou durante pouco mais de três
anos e que revolucionou nossos ensinamentos. Para alguns, isso basta.
Um Mestre libertador da opressão que
a lei equivocadamente ensinada na ocasião causava nos judeus. Para mais alguns,
isso também basta. Um Deus que se fez carne, que nasceu e viveu como homem, sem
nunca deixar de ter sido Deus, que nos curou de nós mesmos e morreu numa cruz
por nós. Para mais alguns ainda, isso mais do que basta.
Fé - Livro 3