terça-feira, 19 de julho de 2016

Misericórdia

A humilhação desta pena era a mais cruel possível. Nero que o diga, imperador romano que perseguiu os cristãos. Não bastasse o fato de crucificar vários seguidores de Cristo, ainda era ordenado que ateasse fogo aos corpos na cruz em seguida, para que o coliseu ficasse iluminado. Desse modo, os cidadãos romanos que fossem ao coliseu à noite, poderiam ver leões devorando os cristãos que não haviam sido crucificados.

Misericórdia na cruz?

Bem, cauterização dos corações com certeza. Mas, quem se rebelaria a favor de vidas? Quem se disporia a confrontar a matança diária sem mais derramamento de sangue? Quem reconduziria o homem perdido em meio ao abismo em que o próprio homem se colocou ao caminho de volta a Deus? Cristo, o Ungido. Também chamado de Messias. Jesus, o Cristo, o Filho do Deus Vivo.

Contudo, alguém diria que após Sua cruz, Ele já havia morrido. Sim, mas também já havia ressuscitado, e Sua Palavra estava viva no meio dos Seus. A transformação que Jesus coloca na humanidade é tamanha, que mesmo que Ele não fosse quem nós sabemos que Ele é, chegaria bem perto de ser. Um homem que discursou durante pouco mais de três anos e que revolucionou nossos ensinamentos. Para alguns, isso basta.


Um Mestre libertador da opressão que a lei equivocadamente ensinada na ocasião causava nos judeus. Para mais alguns, isso também basta. Um Deus que se fez carne, que nasceu e viveu como homem, sem nunca deixar de ter sido Deus, que nos curou de nós mesmos e morreu numa cruz por nós. Para mais alguns ainda, isso mais do que basta.

Fé - Livro 3