Desse
modo, do total de uma palestra, nós retemos cerca de dez por cento de
informação.
E ao
transmitirmos a alguém acabamos sempre perdendo mais um pouco.
Penso que
provavelmente o mesmo acontecia com as pregações de Jesus. Devemos hoje ter acesso a cerca de dez por cento do que
realmente ocorreu, talvez menos.
Porém, imagine
que por mais simples que fossem suas mensagens, elas causaram tamanho impacto
que se hoje em dia, em pleno século vinte e um (21), temos uma enorme
dificuldade em amar ao próximo, como
será que os discípulos reagiram ao receber essa notícia naquela ocasião?
Mensagens
do tipo: “Ninguém te condenou? Tão pouco Eu,
vai e não peques mais” (cf. Jo 8.10,11).
Ou “Não é
neste monte nem no templo que se adora ao Pai”
(cf. Jo 4.21), em outras palavras, que poderia ser em qualquer lugar, a qualquer momento, e até ali mesmo, junto ao poço.
Sinal de
que a adoração está no coração.
Como era
difícil de entender. Como é ainda hoje.
Parece que
temos que provar aos outros que nós oramos, e isso nos leva a provar a nós
mesmos que precisamos provar aos outros que nós oramos.
Porém,
oramos ao Pai, não aos outros.
Quem
responde as nossas orações é o Pai.
Quando Ele quiser, de que modo Ele quiser, no tempo em que Ele quiser, e o principal, se Ele quiser.
Porque se Ele não quiser, Ele não vai responder.
Porém nos
moldamos e ficamos esperando o Pai
responder para que possamos responder aos outros que o Pai nos respondeu.
Sabe
quando o Pai vai responder se o foco
for esse?
Nunca.
Pois é.
Nossa natureza humana gritando.
Livro 3 - Fé