sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Natureza Humana

Desse modo, do total de uma palestra, nós retemos cerca de dez por cento de informação.

E ao transmitirmos a alguém acabamos sempre perdendo mais um pouco.

Penso que provavelmente o mesmo acontecia com as pregações de Jesus. Devemos hoje ter acesso a cerca de dez por cento do que realmente ocorreu, talvez menos.

Porém, imagine que por mais simples que fossem suas mensagens, elas causaram tamanho impacto que se hoje em dia, em pleno século vinte e um (21), temos uma enorme dificuldade em amar ao próximo, como será que os discípulos reagiram ao receber essa notícia naquela ocasião?

Mensagens do tipo: “Ninguém te condenou? Tão pouco Eu, vai e não peques mais” (cf. Jo 8.10,11).

Ou “Não é neste monte nem no templo que se adora ao Pai” (cf. Jo 4.21), em outras palavras, que poderia ser em qualquer lugar, a qualquer momento, e até ali mesmo, junto ao poço.

Sinal de que a adoração está no coração.

Como era difícil de entender. Como é ainda hoje.

Parece que temos que provar aos outros que nós oramos, e isso nos leva a provar a nós mesmos que precisamos provar aos outros que nós oramos.

Porém, oramos ao Pai, não aos outros.

Quem responde as nossas orações é o Pai.

Quando Ele quiser, de que modo Ele quiser, no tempo em que Ele quiser, e o principal, se Ele quiser.

Porque se Ele não quiser, Ele não vai responder.

Porém nos moldamos e ficamos esperando o Pai responder para que possamos responder aos outros que o Pai nos respondeu.

Sabe quando o Pai vai responder se o foco for esse?

Nunca.


Pois é. Nossa natureza humana gritando.

Livro 3 - Fé