Assim como Davi tinha feito com Bate-Seba, Amenon estupra sua meia irmã Tamar, violando não apenas uma pessoa, mas também o próprio código em que viviam, a lei mosaica:
“Não descobrirás a nudez da filha de teu pai; ela é tua irmã” (Lv 18.11). Digamos que a lei não era tão importante para o entendimento da ocasião. Além disso, o egoísmo do rapaz parecia não ter limites, pois, após o estupro, ele “sentiu grande aversão, e maior era a aversão que sentiu por ela do que o amor que lhe votara; Disse Amenon: Levanta-te, vai-te embora” (2Sm 13.15).
Digamos que o filho do rei estava com a passagem para o lago de fogo e enxofre carimbada. Amor a Deus e ao próximo? Se você fosse Deus o que teria feito a Amenon?
Talvez se fosse eu teria lançado uma enfermidade eu seu órgão genital para que nunca mais tivesse relação sexual, e assim aprendesse quem é que manda no pedaço. Porém, quem manda no pedaço e no universo é o Senhor. Ainda bem.
Amenon vive ainda por mais alguns anos, o suficiente para que o arrependimento viesse sobre sua vida. E de fato não sabemos se isso aconteceu. Não sabemos se ele se arrependeu de seus pecados. Eu ainda não me arrependi dos meus, como então posso ratificar que Amenon se arrependeu dos seus? Não posso e não devo. Não é minha praia, isso é apenas entre Deus e as pessoas, não me diz respeito.
No entanto o que é latente, é o constrangimento do amor de Deus. Deixar viver um coisa ruim deste, como diria o outro. Contudo, Ele também nos deixa viver. Vai entender o que passa na cabeça de Deus?
Livro 5 - Graça
